Como fazer a remoção de amianto?
Já toda a gente ouviu falar de amianto. Mas sabe o que é o amianto e por que é que é tão perigoso? Respondemos a todas as suas perguntas sobre a remoção de amianto.
O que é o amianto?
O amianto (também conhecido como “fibrocimento” em Português ou “asbesto”, que vem do Inglês) é um material composto por fibras minerais naturais. Foi muito usado entre os anos 1960 e 1990 devido às suas propriedades, como a resistência ao fogo e a capacidade de isolar edifícios. No entanto, foi proibido totalmente em 2005 por ser cancerígeno.
Em Portugal, foi usado sobretudo na cobertura de edifícios, e em menor quantidade em revestimentos, gessos e estuques, tectos falsos e isolamentos. Este material era tão comum que ainda há muitas creches, escolas, centros de saúde e edifícios públicos com coberturas de amianto ou telhas de fibrocimento. Além disso, muitos prédios de habitação também ainda têm coberturas de amianto que precisam de ser removidas.
Por que é que o amianto é perigoso?
“Se é assim tão perigoso, porque é que se pôs amianto em todo o lado?” De certeza que é o que está a pensar. Na verdade, o amianto só se torna perigoso com a passagem do tempo. À medida que o amianto se vai degradando, as fibras começam a dispersar no ar. São estas poeiras de amianto que, quando inaladas, causam doenças graves, como a asbestose, mesotelioma, cancro do pulmão e cancro gastrointestinal.
Quando inalamos as fibras, começam a depositar-se nos pulmões, onde podem ficar durante muitos anos. Por isso, muitas vezes os sintomas só se manifestam anos depois. Nos casos em que o material ainda está em bom estado de conservação, o risco é reduzido. No entanto, recomenda-se remover o amianto antes de haver desgaste, porque as primeiras partículas são libertadas antes de haver sinais visíveis.
No caso de não ser possível remover o amianto, a ACT recomenda fazer monitorização regular ou encapsular. No entanto, nada é tão seguro como remover – o próprio material de encapsulamento pode desgastar-se, o que leva à libertação de fibras de amianto. Além disso, nem sempre são resistentes a desastres naturais, incluindo tempestades, tornados ou tremores de terra.
Como fazer a remoção de amianto?
Se o seu prédio tem amianto na cobertura, tem de contratar uma empresa especializada para fazer a remoção do amianto. Apenas as empresas certificadas estão aptas a lidar com substâncias tóxicas e fazer a remoção de amianto. Os funcionários precisam de ter formação específica e o plano de trabalhos tem de cumprir as normas exigidas pela Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT).
A empresa deve levar uma unidade de descontaminação para o local e disponibilizar material de protecção individual a todos os trabalhos. Além disso, também deve fazer mediações de concentração das poeiras, durante e após o trabalho, para enviar para um laboratório certificado. Finalmente, deve garantir o transporte para um vazadouro autorizado para o efeito, de acordo com a legislação em vigor.
Durante os trabalhos, recomenda-se que os moradores mantenham as janelas fechadas. No caso de ser um edifício público, como uma escola ou um centro de saúde, pode encerrar durante um dia para a remoção do amianto. Se circular no exterior, recomenda-se o uso de máscara. Pode encontrar aqui empresas para fazer a remoção de amianto na sua cidade ou contactar a AEPRA.
Quanto custa remover amianto?
O preço da remoção de amianto pode ser bastante avultado. Em primeiro lugar, porque precisa de contratar uma empresa especializada, alugar uma unidade de descontaminação e transportar até ao vazadouro. Em segundo lugar porque, dependendo do prédio, pode ser necessário alugar também andaimes para chegar à cobertura e proteger a fachada. Contudo, este é um custo que não pode ser evitado. Afinal de contas, é pela sua saúde.
A melhor coisa que pode fazer é contactar várias empresas de remoção de amianto e conseguir vários orçamentos para comparar. Diferentes empresas podem ter preços diferentes para aceder à cobertura e, mais importante, para a sua substituição. Além disso, também pode falar com o empreiteiro para perceber se há a possibilidade do condomínio pagar a obra de forma fracionada, por exemplo.
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